quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Alagados

Vemos que São Pedro não tem preguiça em mover toda água expelida do seu corpo, inclusive a urina, para a região sudeste do Brasil. Quase todos os dias nos deparamos com a vida caindo do céu. Isso se tornou tão frequente que passamos a interpretá-la como uma coisa ruim. O que até um tempo atrás faltava em nossas casas, hoje podemos usá-la todos os dias para lavar o carro, basta deixa-lo em um lugar descoberto.

Com tanta chuva, muitas pessoas foram expulsas de seus lares por causa das enchentes. O governo insisti em dizer que a culpa é da sociedade que joga lixo nos bueiros, fazendo-os entupir e gerar o transtorno do alamento, mas é aí que pergunto: E o estado? E o governo? Se por acaso as enchentes fossem solucionadas pela boa educação estariamos perdidos, já que os impostos que pagamos nunca foram o suficiente para que o estado passesse a investir mais no sistema público de educação.

O crescimento desordenado de São Paulo deve ser a principal causa das enchentes. Se nossos representantes tivessem o mínimo de planejamento não estariamos reclamando dos deuses que insistem em castigar São Paulo. E isso não é abusar do poder legislátivo e executivo do estado, pois pagamos e elegemos eles para que solucione os nossos problemas, aqueles que uma só pessoa não consegue fazer a diferença.

Talvez, depois desse argumento, comecem a falar nas rádios de que a culpa agora é do H2o que cai do céu. Essa substancia poderia muito bem não existir ou evaporar assim que tocasse o chão. Enquanto isso empurram com a barriga os problemas que somos obrigados a nos deparar

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